Longos Anos
terça-feira, 9 de abril de 2024
quinta-feira, 14 de março de 2024
10 LONGOS ANOS
Em fevereiro de 2024, o espetáculo LONGOS ANOS completou 10 anos de estrada! E, de lá pra cá, colecionamos muitas histórias e fizemos muitas parcerias. O jogo continua mais vivo do que nunca. Em abril vamos comemorar esse décimo aniversário no palco.
terça-feira, 6 de junho de 2023
EM BREVE
O espetáculo Longos Anos inspirou uma versão audiovisual chamada OS LONGOS ANOS QUE PASSEI SEM TE VER com as atrizes Amine Boccardo e Clara Tremura, e direção de Homero Kaneko. Em breve postaremos aqui o resultado dessa aventura pela linguagem do vídeo.
quinta-feira, 18 de março de 2021
Temporada on-line no Instagram @homeroeu
Essa é a história da Bete e da Joana, duas irmãs afastadas pelo destino. Bete quer se ver livre e Joana quer falar somente a verdade.
LONGOS ANOS, em sua versão on-line, faz apresentações de 25 de março a 03 de abril, via live do Instagram no perfil @homeroeu <-- Clica nesse link e me segue pra você ficar por dentro das atividades da temporada 🌿 Espero você!
Este espetáculo, que completou 7 anos de trajetória em 2021, transita pela fronteira entre encenação e leitura cênica. Homero Ferreira dá o seu olhar sobre a personagem Bete e, a cada sessão, convida um ator ou uma atriz diferente para ler a personagem Joana.
Nesta temporada on-line serão 6 convidados na cena e mais 4 para rodadas de conversa sobre o espetáculo. Tá linda essa programação, confere aí!
LONGOS ANOS ✨
02/04 com @paulomerisio
03/04 com @veiga_lacunas
Classificação 14 anos
📸 @mandyferreiraproducoes
✨ arte @aquatro__
#longosanos #companhiahecatombe #dramaturgia #leituracenica #teatrodigital #teatrovirtual #teatroonline #teatrobrasileiro #teatrocontemporâneo #arte #arts #oqueteraacontecidoababyjane #ProacLab #LeiAldirBlanc #Proac #neogrotesco O projeto LONGOS ANOS está sendo realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo Federal e Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
sábado, 5 de julho de 2014
Crítica
CIA. HECATOMBE
No dia 20 de junho, esteve em cartaz, no Centro Cultural Vasco a peça “Longos Anos”, da Cia Hecatombe. Na proposta da peça, a cada apresentação um ator é convidado para ler/interpretar a personagem Joana do texto de Homero Ferreira. Nesta ocasião, o ator convidado foi Linaldo Telles.
No site do jornal Diário (DiarioWeb), saiu uma reportagem que tinha como título: “Hecatombe explora limites entre encenação e leitura”. Começarei minha abordagem por esta afirmação, concordando com ela, porém afirmando que o espetáculo vai além disso! Em minha opinião Homero põe em cheque a essencialidade do texto teatral. Esta exploração dos limites entre leitura e encenação é apenas um dos fatores desta opção em pautar-se e testar a comunicabilidade cênica do texto quando se reduz quase que à um marco zero (neutro) a encenação.
Aparentemente o forte da pesquisa artística de Homero é o trabalho dramatúrgico. Seu texto tem um argumento muito forte (bem definido) e um desenvolvimento inteligente. Porém, o que observei durante a apresentação é que a primeira metade da peça pauta-se muito no esvaziamento dos elementos teatrais e na repetição do jogo entre a interpretação construída (ainda que sutil) e a quebra metalinguística, somente. Enquanto que da metade para o final há estruturalmente, uma variação dos jogos e dinâmicas de interação entre um ator e outro; os atores e os elementos cênicos; os atores e o espaço; dos atores com a plateia; e entre os atores e o texto. O que deixa a peça um pouco mais dinâmica.
Não estou defendendo aqui que se crie artifícios para que a peça torne-se mais agradável à fruição. Isto seria trair a pesquisa, em função de um “mal costume” da plateia brasileira que não consegue acompanhar uma peça que não a entretenha rapidamente. Porém, penso que estes jogos e interações poderiam se alternar com os momentos de esvaziamento desde o início e não de maneira tão cindida entre primeira e segunda parte da peça, pois à medida que eles se desenham da metade para o final as várias camadas da trama de Ferreira tornam-se mais claras e acessíveis.
Outro ponto forte do trabalho é a interação simbólica entre dramaturgia e a (pouca) encenação, como por exemplo, as mãos pintadas, o sofá que murcha no final, os bonecos de plásticos, etc.
Entretanto, não entendo o porquê do acúmulo de tantas funções no processo criativo (apesar de Homero justificar-se no início da apresentação como falta de agenda dos atores e atrizes com os quais tentou trabalhar). Penso que este fato segura um pouco a peça. Assisti a estreia e a apresentação no Vasco e creio que o distanciamento entre a função criativa do dramaturgo e a função criativa do ator contribuiria muito para livrar a peça de um caráter superplanejado que a acompanha (talvez uma supercompensação para não se perder nos momentos mais abertos da peça). Penso que seja um exercício muito positivo o Homero se afastar da cena e convidar mais pessoas para o projeto. Esta “coletividade” pareceu funcionar bem nos outros trabalhos da Cia.
Finalizando: A peça deve ser vista (e revista) por propor esta abertura ao acaso de um ator convidado e mesmo da interação com o público, pelo texto de Homero e, sobretudo, pela pesquisa da Cia. Hecatombe, que não se prende só num âmbito regional, mas parece refletir aspectos da cena teatral latino-americana.
Parabéns!"